quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vamos apoiar!!!!

Galera, eis aqui o relato de uma pessoa séria que teve coragem de se expor.
Vamos fazer a nossa parte também.


CARTA ABERTA AO REMO BRASILEIRO
Prof. José Ricardo Contieri (Piá)
Técnico de Remo
Em março 2009 teremos eleições para CBR. Embora o direito do voto, atualmente se limite aos presidentes de federação, a atuação do futuro presidente da Confederação Brasileira de Remo atinge a todos envolvidos na nossa modalidade, e mesmo sem o direito de voto não vou abrir mão do direito de expor a minha opinião. Não o fiz antes para evitar represálias e outras sujeiras que poderiam ser feitas com meus remadores e com meu clube. Existem exemplos desta prática.
Passado o Troféu Brasil e com a perspectiva de que se esgotaram qualquer possibilidade de mudanças e avanços se mantido a chapa da situação é que gostaria de me posicionar a favor da candidatura de Wilson Reemberg.
Estive como colaborador por várias vezes tentando trabalhar em conjunto com a CBR. Gostaria de frisar que jamais fiz parte da folha de pagamento da CBR, e sempre que participei de eventos internacionais pela Confederação tinha atletas do meu clube envolvidos. De forma a me sentir moralmente muito a vontade para dar o meu apoio a Wilson. E pelo convívio que tive por inúmeras vezes com a atual gestão me sinto plenamente apto a avaliar o grupo que busca a 5º reeleição.
Este grupo que tem comandado sucessivamente a confederação por mais de 16 anos e pretende mais quatro anos não tem nenhum compromisso com resultado seja em qual for o nível, não busca profissionalismo na sua conduta e na relação com seus colaboradores, e jamais sistematizou qualquer tipo de plano no sentido do desenvolvimento do remo brasileiro. Só não é amador no uso político dos recursos que deveriam servir de forma eficiente e global o remo de todo o país. Ao contrário intimida e retalha entidades e indivíduos que por ventura almejem um remo grande, abrangente e fraterno.
Atitudes de quem efetivamente muito pouco fez pelo desenvolvimento do remo, como a de emprestar as vésperas das eleições barcos Filippi para os que ele entende que são seus aliados é uma afronta a todos que com dificuldade fazem o remo e merecem pelo menos respeito de quem foi em 16 anos incapaz de propor alguma solução real aos problemas dos clubes e federações menos desenvolvidos. Por estas e muitas outras se percebe o caráter desta gente que busca a reeleição ad eternum.
A certeza de que se fosse ouvida a comunidade do remo brasileiro este grupo não teria nem 10% dos votos, de que a desaprovação é geral e que eles mantém alguma força, exclusivamente no fato de que alguns dirigentes temem perder e posteriormente ter de arcar com o ônus de ter sido oposição me leva a pedir a todos que sabem do prejuízo que sofremos nestas quase duas décadas que pressionem seus dirigentes de clube e de federação a ouvir seus atletas e treinadores. São estes em ultima instância que sofrem com esta administração amoral e incompetente.
Não se intimidem com esta política avarenta, não aceitem o blefe de que ele já ganhou. Não se iludam, mesmo por que, caso aconteça o desastre de permanecermos com eles por mais quatro anos não perderemos mais por ser oposição. Todos seguirão perdendo. Eles, a situação são os únicos que seguirão ganhando. Quem está há tanto tempo e quer seguir certamente esta ganhando.
O correto seria comparar as propostas de ambos os lados, caso Rodney Bernardes Araújo tivesse alguma. Pelo menos até hoje nunca li ou ouvi alguma coisa que fizesse sentido.
Certamente podemos questionar algumas das propostas de Wilson Reemberg, (ele mesmo propõe alguns mecanismos de permanente avaliação e ajuste das suas diretrizes), mas conclusivamente o caráter de Wilson Reemberg é que faz dele a única escolha possível.
Não seria vergonha errar com uma proposta explicita nova e honesta, vergonhoso será dar sustentação a comprovada antiga e explicita incompetência da atual gestão.
Se posicione, exija respeito, correção e comprometimento do seu dirigente.
Grande Abraço,
José Contieri
Prof. José Ricardo Contieri CREF 02/001.940-G/RS

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Semana agita Remo Brasileiro em São Paulo.


Acontece desde a manhã de segunda-feira 20 de outubro até o sábado 25, o Troféu Brasil Unificado de Remo. Onde são disputadas provas de todas as categorias da modalidade, tanto no masculino como no feminino.

É uma ótima oportunidade pra avaliarmos o trabalho desenvolvido por todos os técnicos e remadores do Brasil, bem como o crescimento de alguns clubes no cenário nacional.


Segue abaixo o link com os resultados e os horários das provas:

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sábado, 4 de outubro de 2008

Entrevista ao blog www.brasilemlondres2012.blogspot.com


Abaixo segue na íntegra uma entrevista que eu dei ao blog do Guilherme que fala de vários esportes, e tem como objetivo apoiar modalidades olímpicas que serão disputadas em Londres 2012.
www.brasilemlondres2012.blogspot.com



I ae Gibran, tudo bom?

Primeiramente gostaria de agradecer a oportunidade dessa entrevista e dizer que ela estará na íntegra no blog
www.brasilemlondres2012.blogspot.com por volta do dia 15, depois eu te confirmo!

Vou fazer umas 10 perguntas e gostaria que vc as respondesse.

1-) O remo brasileiro atual tem mais estrutura, divulgação na mídia, competições nacionais com públicos,
participação em Copas do Mundo, do que quando você começou a remar?

Com certeza a estrutura ainda é longe de ser a ideal, mas está muito melhor do que há 22 anos atrás quando eu
comecei. Com o auxílio da Internet hoje ficou mais fácil divulgar o Remo, então acredito que também haja mais
mídia, porém ainda pouca se comparada a outros esportes. Sobre competições acredito que estamos amadurecendo
ano após ano e um dia teremos resultados internacionais.

2-) O remo é um esporte em que a idade não pesa tanto quanto em outros, vimos atletas de 35, 36 anos
medalhando. Qual você acha que é a idade máxima que um atleta pode brilhar? Você acha que dá pra chegar em
Guadalajara 2011 ou até mesmo em Londres 2012?

Vimos o remador da Estônia, Juri Iansen ganhar uma medalha de prata agora em Pequim na prova do double-skiff
pesado com 41 anos, então isso responde muita coisa. Tivemos o Redgrave aos 40 anos conquistando seu 5° ouro
olímpico. Eu penso que se o remador tiver uma boa saúde e condições técnicas para treinar ele pode competir em
alto nível mesmo após os 40 anos.
Eu ainda pretendo competir no Pan de 2011, vai depender dos critérios da nossa seleção e de como eu vou estar
em 2011. Ja para Londres tenho consciência da dificuldade de se classificar um barco de guarnição para uma
olimpíada, mas nada é impossível com um bom trabalho.

3-) Você acredita que se os irmãos Carvalho, oitavo colocado em 84, ou mesmo o dois com, quarto lugar na
mesma olimpíada, tivessem medalhado, a história do remo brasileiro seria outra?

Boa pergunta, imagino que sim, pois uma medalha na modalidade sempre tras consigo uma cobrança por novos
resultados parecidos, e isso acarreta investimentos e massificação da modalidade.

4-) Qual é a atual situação de um remador brasileiro? Tem como viver só do esporte? Os clubes dão todo o
investimento, ou a confederação e o bolso do atleta participam disso?

No início com certeza o remador brasileiro depende muito do seu bolso e do famoso "paitrocínio", mas assim que
este atleta conquista alguma expressão o clube já o ajuda com uma certa renda, transporte, estudos, material,
etc...

5-) A TV mudou a história no Brasil de esportes como Volei, volei de praia e ginástica. Por que o remo
dificilmente passa nas telinhas brasileiras? É um pena, não?

Sem dúvida, na minha opinião o público de TV está muito acostumado a esportes de emoção contínua, como o
futebol, o volei e o basquete. O remo para se adequar ao modelo das TVs deveria mudar o formato das regatas,
passando a disputa para distâncias menores, onde o público poderia acompanhar melhor as provas, além de termos
chegadas mais disputadas, onde a decisão só ocorreria nos metros finais.

6-) Nos seus quatro Pans, você levou três medalhas de prata. Qual foi sua medalha mais "gostosa" de se
receber? Gostaria que você contasse o que aconteceu com o barco 8 com no pan de 99.

Com certeza a Prata mais gostosa foi a primeira, a de Winnipeg, pois além de ser a primeira medalha que eu
conquistava num Pan ela veio justamente numa prova lindíssima, disputada metro a metro com o barco argentino,
ora nós liderávamos, ora eles, e na linha de chegada deu Argentina somente 26 centésimos a frente. Foi muito
emocionante e bastante lembrada até hoje por todos que estavam lá.
Na prova do 8 nós tínhamos uma ótima chance de conquistar uma medalha. Tínhamos uma equipe fortíssima e
bastante experiente. Na altura dos 1000mts de prova havia muita marola, muita mesmo, daquelas perigosas de se
prender o remo, e por infelicidade do destino o nosso voga, Periquito, atolou seu remo e não conseguiu livrá-lo
a tempo pra voltarmos à prova. No momento estávamos em 2° lugar e já íamos despachando os argentinos e cubanos,
porém, perdemos segundos preciosos nessa manobra e cruzamos na última colocação. Foi triste, mas só acontece
essas coisas com quem está lá no momento, e consolamos nosso amigo e respeitamos seu erro como poderia ter sido
conosco também.

7-) Estive nas regatas de remo do Pan do ano passado e vi muitas críticas á atuação dos brasileiros. O que
você acha que faltou para o ouro, para primeira medalha feminina e para igualar as seis medalhas de 2003?
Alguma coisa mudou depois da disputa do Pan aqui no Brasil em relação aos clubes e confederação?

Os países todos vieram muito bem preparados para este Pan do Rio. Todos queriam representar bem seus países e
de quebra conhecer a famosa cidade maravilhosa. E assim foi, tivemos adversários duríssimos que complicaram
bastante o lado dos brasileiros na busca por medalhas. Críticas sempre vão existir, mas acredito que elas devam
ser analisadas e que se tirem proveito de algumas. Na minha opinião o Brasil precisa de um técnico chefe que
seja estrangeiro, que more no Brasil e comande a seleção em full time, e utilize os técnicos brasileiros para
doutriná-los. Mas esse estrangeiro deve ser alguém com renome internacional, um cara com títulos mundiais e
olímpicos, só assim sairemos do marasmo desses resultados de anos sem expressão.

8-) Equipes emergentes como Venezuela, Uruguai estão roubando espaço de Brasil e Argentina no continente. No
Pan, vi várias vezes nossos barcos atrás destes países. Nós paramos de crescer em termos de resultados?

Se voce não inova, não investe pesado, e não abre a cabeça pra ciência corremos o risco de parar no tempo,
enquanto os emergentes parecem estar mais abertos às novidades e porisso começam a pontear numa prova e outra.

9-) Geralmente, as crianças começam no esporte em função de ter visto ídolos conquistando resultados
expressivos. Você começou no remo por causa de algum ídolo? No momento, o país está carente de um ídolo no
remo, ou você acredita que o Macarrão está cobrindo essa lacuna?

Quando eu comecei os irmãos carvalho estavam prestes a conquistar a sua segunda medalha de ouro em Pans, e isso
com certeza foi a minha maior motivação. Pra voce ter uma idéia de como são as coisas, eu era de Floripa e nem
imaginava remar um dia no Rio de Janeiro, mas hoje o Ronaldo de Carvalho é meu dentista, rsrsrs, só uma
curiosidade pra se entender do que um ídolo é capaz. Até hoje eu admiro o Ronaldo como atleta.
O Macarrão é hoje o melhor remador do Brasil, desde sua primeira olimpíada em Sydney 2000 que ele ocupa esse
posto, e com toda certeza é o ídolo do nosso esporte, assim como a Fabiana Beltrame é no feminino.

10-) Espaço aberto para você falar o que quiser, completar alguma coisa, citar alguma competição. Esteja a
vontade para falar aos leitores do blog

Cara, eu acredito no Remo, no esporte e no coletivo. Imagino um dia onde as coisas fluam mais naturalmente e
com isso consigamos expressão internacional com medalhas em campeonatos internacionais, vários ouros
Pan-americanos, etc.. Mas pra isso a gente precisa desde já abrir nossas cabeças para as novidades científicas
e tecnológicas que os países de ponta já utilizam há mais de dez anos. Além de investimentos pesados em
estrutura física, massificação da modalidade junto a municípios com potencial de rios e lagoas espalhados por
esse Brasilzão.
Enfim, vamos pensar grande e vamos deixar algum legado decente pras futuras gerações de remadores.
Valeu galera, e valeu pela oportunidade Gui.

Abração e sucesso no seu Blog.


Obrigado mesmo Gibran
Até mais!